Porque uma morada não é só um lugar?

A sensação de pertencimento é uma recordação inconsciente e diária das velhas memórias infantis. Lembranças estas que, mesmo que você possua histórias de muitas dores, sofrimentos e situações dramáticas em sua infância, elas existem! Houve um abraço materno, um olhar afetuoso e momentos reconhecidos por você como positivos e, portanto, inesquecíveis.

Geralmente em um lugar singular e subjetivo, ou seja, uma localização urbana ou arborizada, um local silencioso ou uma avenida iluminada e barulhenta, uma comunidade pequena, tranquila e nostálgica ou um bairro chique, enorme e moderno. Sejam quais forem as suas lembranças, quando vamos em busca de um lugar para nós, a sensação de pertencimento poderá ter um grande peso em sua escolha.


É como se fosse um encaixe, de modo inconsciente. Onde, inclusive, muitas vezes, você não tem a menor ideia das razões ocultas por de trás das sensações, mas que aquele lugar, tem um cheiro, uma luz, uma cor, uma posição, uma condição pelas quais encaixam com o que você estima.

Mas então, o que de fato o pertencimento tem a ver com a escolha da minha nova moradia?

A sensação de pertença é um dos grandes sentimentos humanos necessários para que o indivíduo se estabeleça de modo saudável e familiar em sua trajetória de vida. Quando falamos em sentimento de pertencimento, falamos sobre o fato de, por exemplo, naquela favela, aquele rap, com aquelas paredes pichadas, fazem aquele sujeito que nasceu na favela, se sentir mais seguro, protegido, autoconfiante e animado.
No lugar que estamos, há uma ampla série de fatores que nos geram um sentimento de aceitação do mundo por nós, e a maioria das pessoas, está em busca deste lugar, por ter encontrado, para mais, um fator de saúde mental e emocional.

Há, portanto, uma ligação identitária com relação aos lugares onde vamos, viajamos e moramos. Há muito mais que uma escolha consciente e racional de moradas. Há a necessidade de um vínculo pelo qual, faça com que experimentamos uma dinâmica pessoal, subjetiva e familiar de nossa própria existência.

Thayátira Rocha
Psicóloga, Pós Graduada em Gestão de Pessoas e Psicanalista.

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